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Atlético: mais uma vez referência de gestão

O Clube Atlético Paranaense tem sido referência nacional em vários aspectos. A administração, o patrimônio e, por conseqüência, os resultados em campo têm sido enaltecidos pelos especialistas em futebol. Em matéria divulgada hoje no jornal Valor Econômico, de circulação nacional, o Rubro-Negro foi novamente destaque. Desta vez, toda a gestão atleticana foi elogiada pela análise de números.

A matéria cita o levantamento anual dos balanços dos 21 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. O levantamento foi feito pela Casual Auditores, empresa especializada em entidades do esporte. Em comparação com outros clubes, o Rubro-Negro foi superior em vários pontos na evolução de 2004 para 2005. A receita total do Atlético em 2005 foi R$ 65.785 milhões e em 2004 de R$ 25.183 milhões, tendo subido da 14ª posição de receitas para a 7ª posição. E mesmo assim, atingiu a vice-liderança em superávit com R$ 25.663 milhões, atrás apenas do Santos que teve um superávit de R$ 63.167 milhões.

 
Foto: Site oficial 

O superávit atleticano se deu graças ao acordo inédito no futebol e no esporte brasileiro de naming rights, firmado com a Kyocera Mita, e também pelas negociações de jogadores, feitas no início de 2005. Além disso, o acordo com a Kyocera possibilitou ao clube ser a única entidade entre as 21 analisadas a ter um superávit sem contar as negociações de atletas. O valor ficou em R$ 4.633 milhões. Para o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mario Celso Petraglia, as negociações de jogadores ainda são necessárias, mas a tendência é que os clubes percam cada vez mais dinheiro nas mesmas. "O espetáculo ainda é mal pago por conta das bilheterias, cotas de televisionamento e outras receitas. Há a necessidade de negociação de jogadores, mas nestas existe um novo parceiro. Os intermediadores, os agentes FIFA estão cada dia exigindo mais parcelas nas transferências. Desta forma, em um futuro próximo, os clubes ficarão sem os jogadores, sem o dinheiro e os campeonatos ficarão desvalorizados", afirmou. O presidente atleticano também ressaltou a parceria feita com a Kyocera Mita. "Só conseguimos obter o superávit sem contar com a transferência de jogadores, porque temos o estádio moderno que nos possibilitou o acordo de naming rights", completou o presidente, lembrando que a Brasil & Movimento, a IFS e a SKY também firmaram parceria com o Atlético devido à modernidade do estádio.

Na opinião do consultor Amir Somoggi, sócio da Casual Consultores, o Atlético é o único clube do país que tem um diferencial. "O Atlético de uma forma empreendedora, através de seu presidente Mario Celso Petraglia, tem traçado caminhos de gestão a longo prazo e tem equilibrado as finanças do clube como um todo. Não é à toa que é o único clube brasileiro que, se contar o lucro sem negociação de jogadores, ainda teria superávit. É um clube que sabe investir no departamento de futebol e, assim, tem condições de manter as outras áreas. O importante é não gastar muito, mas gastar bem", completou o consultor.

A matéria do jornal Valor Econômico está disponível no site http://www.valor.com.br/.

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