Clube

Treinador do infantil veio das Escolas

O treinador da equipe infantil do Atlético, Marquinhos Santos, assumiu a categoria depois de ter uma excelente passagem pelas escolas de futebol do clube. O treinador, que tem 27 anos, está no clube há dois anos e meio e é destaque no trabalho nas categorias de formação do Rubro-Negro.

CARREIRA

Marquinhos Santos começou como auxiliar técnico. "Eu joguei profissionalmente até os 20 anos. Parei por causa de uma lesão. Depois, trabalhei como auxiliar técnico da equipe do Fanáticos, que disputava a segunda divisão do Paranaense. Mas fiz um estágio em Santos também", contou o treinador. Ele chegou ao Furacão para um trabalho internacional. "Eu estava no RB, que é uma escolinha do Atlético, fiz um bom trabalho e recebi um convite do professor Vinicius para um

 
Foto: Georgia Andrade/ Site oficial 

trabalho de intercâmbio do Atlético. Trabalhei três meses com coreanos, japoneses e americanos. E surgiu esta oportunidade de dirigir o infantil quando o ex-treinador saiu. Me fizeram o convite e aceitei", revelou Marquinhos.

FUTURO

Marquinhos Santos se orgulha da grande chance que recebeu. "Sou novo ainda nessa carreira e sou considerado o mais novo do Brasil nas categorias de base. Então, foi muito importante. Uma grande oportunidade para mim. E aplicamos o mesmo padrão que era usado nas escolinhas", analisou. "Eu almejo um futuro promissor dentro do clube. Estamos adquirindo conhecimento, estou aprendendo com o professor Antonio Carlos (Antonio Carlos Gomes – diretor técnico), com o professor Oscar (Oscar Erichsen – assessor científico) também e com o Biasotto (Marco Biasotto – coordenador das categorias de formação). Então eu espero ter um futuro aqui dentro. E seria um orgulho para o clube também poder ter um treinador que veio da base", afirmou o treinador.

FILOSOFIA DE TRABALHO

Marquinhos Santos segue uma linha dura de trabalho e tem um grande treinador como exemplo. "Tem vários treinadores que eu admiro. O Leandro Niehues, que está comandando o Atlético B, me ensinou muito. O próprio Juninho Chicchinato que chegou há pouco e veio de São Paulo que é uma outra escola, um outro método também ajuda. Mas tenho como

 
Foto: Georgia Andrade/ Site oficial  

espelho o Luis Felipe Escolari. Pela sua honestidade, seu caráter e a forma como conduz seus atletas. Ele tira o máximo deles e consegue bons resultados", confessou. Com um espelho desses, a cobrança em seus atletas é forte. "Tenho uma filosofia rígida. Cobro muito a parte disciplinar. Não tenho só uma preocupação tática, técnica e física, quero formar pessoas decentes também. Independente se vai virar um atleta ou não. Também fico muito em cima da parte educacional", explicou o técnico, que dirige uma categoria difícil. "É complicado porque tem que ter paciência. Os jogadores oscilam demais nessa idade. Jogam bem uma partida e na outra não. Então dou uma ênfase muito grande na parte de habilidade motora, para que eles tenham bons fundamentos do futebol e cheguem o mais perto da perfeição nesse quesito", analisou o treinador.

ATLÉTICO PARANAENSE

Marquinhos Santos considera que o clube o ajuda a adquirir experiência. "O Atlético oferece uma estrutura muito boa para o profissional que trabalha aqui, não só atletas mas comissão também. Então temos condições de fazer um bom trabalho e aprender com outros profissionais do clube. A estrutura física é excelente. Imagino que igual só na Europa", afirmou o treinador. Apesar de tudo que é oferecido pelo clube, ele tenta evitar tantas regalias aos jovens atletas. "Na verdade a realidade é outra. O Atlético priva pela qualidade de seus atletas. E no infantil é muita coisa, em abundância demais. Então os meninos ficam um pouco mal acostumados. Então tiramos algumas dessas vantagens deles para que eles enfrentem dificuldades. Procuramos sempre conversar com eles sobre isso. Assim, eles vão querer buscar melhorar e ter tudo o que o juvenil tem, que o juniores recebe. Assim eles evoluem na vida também, e nessa profissão tem que ser assim", concluiu Marquinhos Santos.

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