Clube
Marcelo Silva é exemplo de experiência
O volante Marcelo Silva chegou em Curitiba em abril deste ano. Ainda há pouco tempo na cidade, não conheceu muitos lugares. “Não tive a oportunidade de sair muito e agora estou começando a me localizar na cidade. Eu e minha esposa estamos
![]() |
Marcelo já jogou na Europa e em grandes clubes do Brasil, porém é a primeira vez que vem morar em Curitiba. Ele revelou seus gostos musicais e crenças. “Sou evangélico e tenho fé em Deus. Acho que sem ter fé não podemos chegar a nenhum lugar. De música eu gosto de tudo, sou bem eclético, não sou muito fã de rock. Sendo música boa, eu escuto”. Ele falou como foi recebido no Atlético. “Estou muito feliz aqui no Atlético. O início para mim está sendo muito bom. Estou tendo uma atenção muito boa e espero fazer um trabalho bem feito. Quero retribuir em campo o que estão fazendo por mim”.
CARREIRA
O volante atleticano se profissionalizou na equipe do Juventus-SP, no final de 1996. Três anos depois foi para o Santos e iniciou uma carreira de sucesso. “Na equipe do Santos foi onde tive maior projeção nacional. Atuei lá por mais de três anos e tive a oportunidade de disputar títulos importantes. No início foi difícil, porque passei por uma fase de adaptação. Eu vinha de um time pequeno e tive poucas oportunidades. Mas depois de um tempo, tive uma seqüência boa”, relembrou.
O jogador teve em 2002 a primeira oportunidade de sair do país. “Quando estava em um momento muito bom eu tive a chance de ir para o futebol europeu. Joguei sete meses no Spartak de Moscou, entre 2002 e 2003, e foi uma experiência muito interessante. Eu joguei o campeonato russo, que não tem tanta mídia como os outros campeonatos da Europa. Mas tive a felicidade de jogar a Liga dos Campeões da Europa que é o maior campeonato de clubes do mundo. Foi muito bom para mim, tive a oportunidade de jogar contra vários clubes grandes do futebol mundial e adquiri uma certa experiência nesse período”, contou Marcelo.
FUTEBOL RUSSO

No futebol russo a adaptação da família não foi simples o que complicou a seqüência do atleta no clube. “Minha esposa e minha cunhada foram comigo. Como não temos filhos, ela levou a irmã para fazer companhia para ela. Lá no time, ficamos em um regime de concentração muito intenso e isso atrapalhou muito. Concentrávamos dois dias antes das partidas. Então, quando jogávamos duas ou três vezes por semana, eu nem ia para casa. Isso era muito complicado para nós”, lamentou.
BRASIL E ITÁLIA
O volante saiu da Rússia e voltou para o futebol brasileiro. “Depois dessa experiência voltei para o Brasil para atuar pelo Atlético-MG. Fizemos um campeonato bom e acabamos em sexto lugar. Aí retornei para a Europa, mas dessa vez para Itália. Fui para o Perugia e aí foi totalmente diferente pelo fato de já estar mais experiente e por ser um idioma mais fácil de se aprender. O futebol era bem mais profissional do que o futebol russo”, contou. O volante ficou na Itália em 2004 e teve de voltar por problemas burocráticos. “Saiu uma lei que determinava que só poderia ter um estrangeiro por clube. Tínhamos quatro ou cinco estrangeiros e inclusive o Zé Maria, que hoje está na Inter de Milão”, lembrou o jogador.
EXPERIÊNCIA
Marcelo Silva passou ainda pelo Goiás no ano passado. Agora espera dar continuidade ao seu trabalho e passar experiência para os atletas mais jovens. “Converso bastante com os outros atletas para passar alguma experiência. Já passei por isso antes e acho que posso ajudar em algumas questões. Tento passar um pouco da minha vivência, sempre buscando o lado positivo”, finalizou Marcelo.
