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Rodrigão contou como está sendo o tratamento

Um início que prometia ser de muito sucesso. A torcida gostava e confiava no atleta. Porém a descoberta de uma hepatite C fez com que o atacante Rodrigo Fernandes Alflen, o Rodrigão, tivesse que esperar mais alguns meses para brilhar no Furacão. Às vésperas da estréia do Atlético no Campeonato Brasileiro deste ano, o Departamento Médico do clube detectou a doença e o atacante teve que se afastar dos gramados.






Passados dois meses do início do tratamento, Rodrigão contou que sofreu com o medicamento nas primeiras semanas. “A primeira semana foi muito difícil, tive várias reações. Tive muitos calafrios, febre alta e enjôo. Destes sintomas, o enjôo é o único que ainda tenho. Para mim está sendo muito difícil ficar parado, mas tenho que obedecer. Os médicos me passaram que eu preciso de um repouso de seis meses”, relembrou.


O tratamento é pesado e requer paciência. “Uso um remédio via oral, quatro vezes por dia e mais uma injeção de inteferon que é tomada no estômago uma vez por semana. Essa injeção é a que complica, porque é muito forte. Mas tirando isso não sinto dores. O pessoal sempre me pergunta se estou melhor ou pior, mas estou igual. Não sinto nada, só sinto um mal estar se eu não me alimentar nas horas certas”, revelou o atacante.


Rodrigão chegou a Curitiba ontem e vai permanecer por duas semanas. Para fazer o tratamento ele fica 15 dias em Curitiba e 15 dias em São Paulo. “Como a injeção de inteferon é muito cara, sou autorizado a retirar em São Paulo. Só posso pegar duas por vez, então fico 15 dias em cada lugar. Tomei uma ontem e tomo uma na outra quarta, depois já tenho que voltar pegar mais duas”, esclareceu o jogador.


Sem condições para atuar, o atacante passou por alguns momentos difíceis. “É muito




difícil para mim, porque nunca parei de jogar futebol. Sinto muito a falta dos companheiros de clube”. Com as dificuldades, Rodrigão tinha dois caminhos a seguir. “Ou eu me abatia e me entregava, ou lutava para voltar e voltar bem. Foi essa a escolha que fiz, vou lutar e tirar forças das pessoas que estão ao meu redor e da minha família para voltar logo”, revelou.


Como o atleta precisa ficar em repouso absoluto durante o tempo de recuperação, ele ainda não sabe ao certo quando voltará a jogar. “A injeção é muito forte e não posso fazer nenhum tipo de atividade física. Não porque eu não quero e sim porque não posso. Não sei quanto tempo levo para voltar a jogar. Para esse ano é difícil, mas espero retornar o mais rápido possível. Quando eu voltar, vou utilizar todo o tempo que tiver para me recuperar e retomar a minha forma física ideal. Se eu conseguir voltar para o Campeonato Paranaense, vou disputar como se fosse uma Copa do Mundo”, comentou Rodrigão.


Mesmo quando está longe Rogrigão, não deixa de acompanhar o desempenho da equipe. “O time deu uma melhorada nos últimos jogos, o nosso elenco é muito bom. O




Givanildo precisava de tempo para mostrar seu valor e com a confiança dos jogadores e da diretoria está mostrando os resultados. Espero que essa parada não tenha dado uma quebrada no ritmo que estava bom”, analisou.


O atacante revelou que vai assistir o jogo-treino contra o Iraty, hoje no CT do Caju. Nos últimos jogos do Atlético na Kyocera Arena o jogador estava em Curitiba e pôde acompanhar de perto o desempenho do time. “Fui aos jogos contra o Juventude e contra o Palmeiras. Sempre que eu posso vou acompanhar o time. Sei que a torcida está esperando mais de mim. Não tive tempo de mostrar o meu futebol. Quando eu estava na minha forma ideal tive que parar. Quero agradecer a todos do Atlético por tudo que estão fazendo por mim. A minha única forma de recompensar esse apoio e esse carinho é voltar e jogar bola”, finalizou Rodrigão.

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