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Entrevista exclusiva com Paulo Rink
O ídolo da torcida atleticana nos anos 90, Paulo Rink, está de volta ao Atlético. Sem nunca abandonar a paixão pelo clube e pela torcida atleticana, Paulo deverá chegar em Curitiba no próximo domingo. Confira a entrevista exclusiva que o atacante concedeu ao site oficial, direto da cidade de Nicosia, no Chipre:
Site Oficial: Qual a intensidade da emoção de voltar a jogar pelo Atlético?
Paulo Rink: É uma emoção muito grande. Depois de tantos anos fora, posso voltar para casa. É sempre uma mistura de emoções, saudosismo, esperança e emoção. É até difícil de explicar. O mais importante é que me sinto bem para voltar e contribuir com o grupo do Atlético.
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| Paulo Rink atuando pelo Vitesse da Holanda Foto: Arquivo pessoal |
Site Oficial: Depois de tantos anos fora do Brasil, você acredita que será difícil a readaptação ao futebol brasileiro?
Paulo Rink: O futebol é sempre de país para país. Mas a vontade de ajudar o grupo, o treinador e o Atlético em si, me dará motivação suficiente para me adaptar o mais rápido possível.
Site Oficial: Qual a diferença do Paulo Rink que saiu aqui do Atlético e deste que está voltando?
Paulo Rink: Minhas características de garra e de usar o meu corpo nunca mudarão. Claro que estou um pouco mais experiente. Por dentro me sinto o mesmo menino de antes, mas hoje como pai de família, com dois meninos. Eu nunca perdi a vontade de vencer depois que começa um jogo. Acho que é de mim.
Site Oficial: Qual o sentimento que você tem pelo Atlético e pela torcida rubro-negra?
Paulo Rink: Um carinho muito especial. Quando saí do Brasil, o grito da torcida do Atlético ainda me arrepiava lá na Alemanha. Nunca me esqueço quando joguei na Baixada, pelo Santos. A torcida gritou assim: "Volta para cá, aqui é sua casa, aqui é seu lugar". Isso me deixou arrepiado dentro de campo com o uniforme do Santos. E depois de ter tomado o terceiro gol do Atlético, olhei para o camarote e vi a minha própria família pulando, precisa falar mais?
Site Oficial: O torcedor não acompanha muito o futebol do Chipre. Hoje quais são as suas condições físicas, você estava jogando? Tem condições de atuar o jogo inteiro?
Paulo Rink: Claro. Segunda-feira à noite foi a última partida que fiz. O campeonato aqui está no começo. Foram apenas duas rodadas, mas isso eu tenho que conversar com o técnico. Ele decide. Quero estar o mais rápido possível à disposição do Atlético. Me sinto bem fisicamente, não estou lesionado. Então, vamos à luta.
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| Jogando pelo Omonia Nicosia do Chipre Foto: Arquivo pessoal |
Site Oficial: Mesmo de longe está acompanhando os jogos do Atlético?
Paulo Rink: Sempre. Estou muito contente com essas três vitórias seguidas. A empolgação do time, do grupo e da torcida está contagiando o clube novamente. Isso é muito importante para o decorrer do campeonato e para o desempenho do time.
Site Oficial: O fato de a sua família estar em Curitiba facilitou a sua volta?
Paulo Rink: Claro. Estou voltando para a minha cidade e para o time que gosto. O melhor de tudo é que quero fazer parte e contribuir o máximo que puder para que as coisas dêem certo. Para mim, isso tudo será um desafio muito grande. O pessoal espera muito e, sinceramente, espero estar à altura de todas essas expectativas positivas. Não vai ser fácil, mas se fosse não teria valor. O Atlético chegou aonde chegou e não foi fácil. Mas hoje todo mundo valoriza esse time tanto no Brasil quanto aqui fora. E eu a mesma coisa.
Site Oficial: A estrutura do Atlético não era essa quando você saiu, mas você já veio várias vezes para cá e conhece muito bem a Kyocera Arena e o CT. O que mudou daquela época e em que isso pode influenciar no rendimento dos atletas?
Paulo Rink: É mais fácil falar o que não mudou. A paixão dos torcedores. Mas voltando à pergunta, hoje o Atlético é um time empresa com uma organização excepcional, estrutura de uma empresa. Quase ninguém consegue manter isso no Brasil. Isso chega a ser exemplo para os outros clubes e por isso cresceu dessa maneira com o estádio moderno, um CT muito bem organizado. Enfim, tudo mudou e mudou para melhor. Isso se deve à boa administração das pessoas que passaram por aqui e os que ainda estão ajudando o Atlético.

