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Walter Grassmann já teve experiência no Líbano

O preparador físico do Atlético, Walter Grassmann, teve em 2002, uma experiência diferente na sua vida particular e profissional. Ele foi, junto com o técnico Estevão Soares, trabalhar no futebol do Líbano, na equipe do Olimpic Beirut. A experiência foi a melhor possível para Walter. "Eu considero um presente de Deus. Porque conheci uma nova cultura, em um local que eu não iria em uma viagem particular, porque não faz parte de um roteiro turístico para você levar a família", comentou.

 
 Foto: Site oficial

Mesmo sendo um futebol pouco conhecido, Walter gostou da experiência. "Eu nunca me imaginei trabalhando no Líbano. Foi uma experiência pessoal e profissional muito boa. Jogamos um campeonato que é disputado com 12 equipes, em que dez são da capital, então fazíamos poucas viagens". O preparador físico mudou a visão que tinha sobre o país. "Quando falava do Líbano eu tinha a impressão de guerra. Quando eu conheci a cidade de Beirute vi que era uma cidade maravilhosa e espetacular", relembrou.

No trabalho físico, Walter teve um bom tempo de preparação e trouxe a equipe para treinar no Brasil e jogar contra o Atlético. "Tivemos um tempo grande de preparação muito grande. Em 2002, ficamos 17 dias em pré-temporada no Brasil. Jogamos inclusive no CT do Caju contra o Atlético". O preparador colocou em prática toda a sua criatividade. "Lá no Líbano, acabei colocando bastante em prática a minha criatividade, porque não tinha clínicas para consultar os jogadores, não tinha fisiologistas, era só eu. Em termos de preparação física o futebol deles está engatinhando. Então com as práticas que fizemos lá, foi uma coisa muito grande, que deu uma diferença muito grande no campeonato", contou.

Na época do trabalho de Walter, o Olimpic Beirut obteve muito sucesso, mas ele não estava lá para comemorar os frutos do seu trabalho. "No primeiro ano que estávamos lá, foi toda a comissão técnica brasileira. Eu saí faltando três meses para acabar o campeonato, porque estava com muita saudade da minha família. Mas eles foram campeões libaneses e campeão da Copa do Líbano. Na segunda temporada eles me contrataram sem o técnico. De brasileiro fiquei só eu", comentou Walter.

Mesmo com a diferença de língua, Walter não teve dificuldades na comunicação. "A língua árabe é muito complicada, mas

 
Foto: Site oficial 

utilizei muito inglês e espanhol. Inglês dava para usar em todos os lugares. E eu me virei muito bem com o espanhol também". Walter ficou admirado com a segurança do país. "Eu saía de casa às três horas da manhã e não tinha perigo nenhum. Não tem assalto, violência sexual e nem roubo de carros. Pequenos furtos até existem, porque isso tem em qualquer lugar. Lá é o exército que toma conta da segurança nas ruas", revelou.

Encantado com a experiência que teve, Walter não esconde a vontade de voltar ao Líbano e levar a família para conhecer o seu ex-local de trabalho e o povo hospitaleiro que ele aprendeu a admirar. "Eu gostaria de levar e minha família para lá. É um povo carinhoso, que perdeu muitos parentes nas guerras e por isso eles valorizam demais a vida. É um povo muito hospitaleiro. Eles têm muito carinho com todos. No comprimento são dois beijos e se a pessoa não te vê há alguns dias são três beijos. Eu fiquei apaixonado pelo país", finalizou Walter Grassmann.

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