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Maquete artesanal da Nova Arena: uma demonstração de afeto pelo Furacão

O sangue rubro-negro corre nas veias de grande parte da população curitibana. As demonstrações de afeto, carinho e paixão pelo Clube Atlético Paranaense são vistas diariamente, na ida ao trabalho, vestindo o manto Rubro-Negro, transitando com ele pelas calçadas petit-pavé espalhadas pelo centro da capital paranaense. Há também os que passam a segunda-feira sem voz, resultado de um domingo de festa, gritando e cantando o hino do Furacão, empurrando o time em busca de um resultado positivo ante seus adversários.

A maior torcida do estado tem suas particularidades, seus ídolos e suas histórias. Tem sua paixão. Não é diferente com o Sr. Hamilton Burkote, atleticano de alma e coração. Comerciário da região de Campo Largo e residente no bairro Novo Mundo, acompanha o Furacão desde sua adolescência, quando foi Sócio Cartola, em 1968. “A gente não explica isso, sempre fui apaixonado”, comenta Burkote, sobre o amor pelo Atlético. Ressalta ainda que o sentimento veio da família e seguirá pelas gerações. “Meus pais são atleticanos, minhas filhas são atleticanas, meus genros são rubro-negros. A paixão é de família”.

Sócio Furacão, ele segue o time em toda parte. Já frequentava os jogos no antigo estádio, desde a década de 70, e com a construção da Arena da Baixada tratou de reservar seu lugar no setor Getúlio Vargas Superior. Seu Hamilton, que já viveu a ansiedade de ver o estádio pronto, em 1999, não esconde mais este anseio para pisar na nova casa rubro-negra, que está em reforma para sediar a Copa do Mundo FIFA do próximo ano. Para ele, esta obra é mais um passo para o CAP se tornar Gigante. “O Atlético será comparado aos grandes times mundiais”, aposta.

Para tentar conter a apreensão que norteia a inauguração da Nova Arena da Baixada, o senhor de 63 anos usou de toda a sua habilidade para construir uma maquete artesanal, baseada no projeto do novo estádio. “Fiz para colocar em frente à minha casa. Os torcedores de times rivais sempre passam por aqui”, brinca Hamilton. Ele, que já havia feito uma maquete da antiga Arena, conta como surgiu a ideia. “Fui à festa de aniversário dos 89 anos do Clube, vi o vídeo do projeto e resolvi fazer uma nova”. “Ela é toda de policarbonato. Fui a uma gráfica e mandei imprimir o visual dela. Em cima, para imitar o painel fotovoltaico [de captação de energia solar], eu usei uma película de poliéster”, conta o comerciário, dando detalhes da construção da obra.

Burkote ainda dá um recado à nação rubro-negra. “Amem cada vez mais este clube, pois não há comparação com ele em lugar nenhum. Já viajei muito e nunca viu nada igual”. “Acreditem no presidente [Mario Celso] Petraglia, foi o que mais fez pelo nosso time, desde 1995. Ninguém nunca vai fazer o que ele fez”, encerra Hamilton, enaltecendo a gratidão ao Presidente do Furacão.

Fotos: Arquivo Pessoal / Hamilton Burkote