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“Djalma Santos foi único dentro e fora de campo”, diz Alfredo Gottardi Júnior

Na noite de ontem (27), aos 84 anos, Djalma Santos faleceu em Uberaba (MG) e o  futebol mundial perdeu o seu maior lateral-direito. Além das qualidades dentro de campo, o bicampeão mundial com a Seleção Brasileira – que jogou no Furacão entre 1968 e 1970 e encerrou sua carreira – era considerado uma pessoa única, como conta o ex-jogador Alfredo Gottardi Júnior, campeão Paranaense em 1970 com Djalma. 
"O Djalma Santos foi único dentro e fora de campo. Um espírito sensacional, uma pessoa que sempre estava de bom humor e que passava seus ensinamentos", diz o zagueiro, que conviveu com o lateral-direito nos anos de 1969 e 1970. "Sua passagem pelo Furacão foi gloriosa. Ele estava quase encerrando a sua carreira, mas mantinha um profissionalismo incrível e foi muito importante no título de 70". 
Quando veio para o Rubro-Negro, Djalma Santos estava com 40 anos e com dois títulos mundiais conquistados. Experiente e considerado o melhor lateral-direito do mundo, nunca perdeu a paixão pelo futebol e a humildade. "Ele sempre foi muito concentrado e com os pés no chão. Quando tinha concentração para jogo, o Djalma era imbatível. Eu levava uma radiola de vinil e ele vinha, pegava meus discos e escrevia nas capas: 'Presente de Alfredo Gottardi para Djalma Santos'. Era a forma que ele tentava roubar meus discos", relembra o zagueiro. 
O último encontro entre os dois ocorreu há quatro anos. "Sempre que podia, ele vinha para Curitiba e saíamos para almoçar ou jantar, lembrando das boas histórias. Quando vi a notícia de seu falecimento, fiquei muito triste. É uma das maiores perdas do futebol", encerra Alfredo. 
Na foto: O time campeão de 70. Djalma é o primeiro em pé na foto e Alfredo o último.
Foto: Arquivo Site Oficial do CAP