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Schumacher deixa o clube para brilhar na Europa
O atacante Schumacher é mais uma revelação atleticana que carimbou o passaporte para brilhar no exterior. No início do mês, o artilheiro desembarcou na Itália para realizar exames médicos na Udinese, seu novo clube. Porém, o artilheiro de 19 anos deve disputar o final da temporada 2005/2006 pelo Ascoli. O Atlético e a Udinese acertaram uma parceria sobre os direitos econômicos de Schumacher, que estava no Rubro-negro desde a equipe infantil. Thiago Maier dos Santos iniciou sua carreira esportiva disputando jogos de futsal nas escolinhas do Atlético. Das quadras foi para os gramados, onde passou por Paraná Clube, Coritiba e Nacional antes de voltar ao Furacão. Ao lado de Anderson Aquino, fez diversos gols importantes, inclusive na final do Campeonato Paranaense de Juniores do ano passado, quando o Rubro-negro conquistou o bicampeonato.

Schumacher foi bicampeão paranaense
Foto: Arquivo Site Oficial
Em 2005, o atacante foi promovido à equipe profissional, participando de onze partidas. Destes jogos, um em especial marcou sua carreira. A vitória sobre o Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro. Já nos acréscimos, quando o empate parecia o resultado final, Schumacher marcou o gol da vitória e teve seu nome gritado pelo torcedor presente na Kyocera Arena. Em entrevista exclusiva ao Site Oficial do Atlético, o artilheiro contou que vai sentir falta do clube e que espera um dia voltar para ter seu nome gritado pela torcida rubro-negra mais uma vez.
Site Oficial – O que representou para você crescer dentro de um clube como o Atlético?

Aquino e Schumacher são amigos dentro e fora de campo
Foto: Arquivo Site Oficial
Schumacher – “Sempre soube que o Atlético era uma das potências no Brasil, mas nunca imaginamos isso na Europa. Hoje ainda não é tão conhecido, mas estrutura como a sua não se vê facilmente aqui. Vejo que por ter me criado no Atlético, sem dúvida nenhuma, chego com grandes vantagens para arrebentar. Não dá para questionar a base excelente que o Atlético me passou e eu agradeço muito por isso.”
Site Oficial – No último ano você fez algumas partidas pelo Campeonato Brasileiro e, provavelmente, a partida contra o Cruzeiro te marcou pelo gol e pelo carinho do torcedor por você. O que você sentiu nesses jogos, vendo a torcida gritando seu nome?
Schumacher – “A minha grande frustração é não ter conseguido ter uma seqüência de jogos como titular. Sempre quis ser um ídolo da torcida do Atlético e eu acredito que faltou pouco. Mesmo recebendo esse carinho da torcida, eu não cheguei a ser um ídolo como Washington, que acredito ter sido o último. Sempre tive vários ídolos no Atlético e sempre sonhei em ser um também, mas quem sabe não volto um dia para me tornar um ídolo de verdade.”
Site Oficial – Qual a emoção de jogar na Arena lotada, com a torcida gritando seu nome?
Schumacher – “Nunca comecei uma partida de titular na Baixada. Gostaria muito de voltar e começar pelo menos uma partida como titular, só para escutar meu nome antes do jogo. Isso eu não consegui ainda. Sempre tive curiosidade de saber qual música iria receber, porque eles sempre fazem músicas legais para os atacantes. Depois da final do Campeonato Paranaense Júnior, ficou na minha cabeça a música “Era Era Era o Schumacher é da Caveira”. Volto um dia para escutar isso de novo, porque foi muito bom.”
Site Oficial – Você acredita que a parceria do Atlético com a Udinese ainda pode te trazer de volta?
Schumacher – “Se for pra escolher um time para voltar, sem dúvida alguma, seria o Atlético. Minha prioridade é ficar na Europa um bom tempo para jogar e aparecer, pois estando na Europa o caminho para a Seleção Brasileira é mais curto. Se eu saí do Atlético foi porque um time europeu se interessou, mas como saí cedo acredito que tenho um compromisso com o Atlético no futuro. Quero muito voltar.”
Site Oficial – Tem alguma coisa do Atlético que você vai sentir mais falta?

Atacante já de adaptou ao frio
Foto: Arquivo Pessoal
Schumacher – “Um pouco de cada coisa. Vou sentir falta dos amigos, dos profissionais que são bastante competentes, da estrutura em geral, da língua portuguesa e vou sentir falta também de jogar na Arena. Mas ainda volto e vou jogar com ela fechada, completa.”
Site Oficial – Qual a primeira impressão da Itália? O que você já conheceu do Ascoli?
Schumacher – “Fui pra Udine fazer os exames e o clube tem uma estrutura boa, é um time bastante competente. Fiquei apenas cinco dias lá e treinei apenas uma vez, mas sei que me darei muito bem. Aqui em Ascoli gostei bastante do povo, que adora futebol. Como a cidade é pequena, a maior paixão deles é o time. Fui muito bem recebido e estou muito feliz aqui. Ainda não sei quando vou estrear, mas devo ficar uma ou duas semanas me adaptando com o clima e, principalmente, recuperando o bom ritmo para a estréia.”
Site Oficial – Gostaria de deixar algum recado final?
Schumacher – “Gostaria de agradecer a todos os profissionais, tenho consciência de que se estou aqui agora foi com a ajuda deles, com a ajuda dos meus colegas profissionais e juniores. Podem ter certeza de que o Atlético revelará muitos outros jogadores porque a categoria de formação do clube é muito boa. Não vou me despedir com um Adeus, mas sim com Arrivederci, que é um até logo em italiano, porque tenho certeza de que um dia eu voltarei. Muito obrigado por tudo.”