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“Foi inesquecível vencer uma final contra o nosso principal rival”, lembra Paulo Miranda

Em 1998, o Atlético Paranaense derrotou o Coritiba na final do Campeonato Estadual. A conquista teve algumas peculiaridades. Além de ser disputada em três jogos, a decisão da competição aconteceu no Pinheirão, já que o estádio atleticano passava por reformas. Por ter a melhor campanha, o Furacão foi para os clássicos com a vantagem de dois mandos de campo.
 
No primeiro confronto, no Couto Pereira, empate em 1 a 1. No segundo jogo, disputado no Pinheirão, goleada rubro-negra por 4 a 1. Na partida final, o Coritiba precisava vencer por qualquer placar para levar a decisão para a prorrogação. Mas o Furacão derrotou novamente o rival. Com o Pinheirão lotado [mais de 44 mil pessoas], o Atlético Paranaense fez 2 a 1 e levantou o troféu. O goleiro Régis, do Coritiba, perdeu um pênalti quando a partida ainda estava 0 a 0.
 
Foi uma conquista inquestionável, já que o Rubro-Negro fez a melhor campanha também na primeira fase do Estadual. No total, foram 31 jogos, com 23 vitórias, seis empates e apenas duas derrotas. O Furacão, que marcou 71 gols e sofreu 22, ficou 17 partidas seguidas sem perder. A equipe terminou o torneio com o artilheiro, o melhor ataque e a defesa menos vazada.
 
Para o ex-jogador Paulo Miranda, que foi titular nas três partidas finais, aquele título foi importante para o elenco e também para o Clube. “Tenho só lembranças boas. O Atlético estava há oito anos sem conquistar um título [Estadual] e a torcida estava na expectativa. Tínhamos uma base forte, com atletas novos e jogadores experientes. Na primeira fase, perdemos para o Coritiba, mas na final vencemos dois jogos. Foi inesquecível vencer uma final contra o nosso principal rival”, relembrou.
 
No último jogo, Paulo Miranda foi o capitão da equipe rubro-negra. Além da questão técnica e tática, o ex-meia apostava na atitude em clássicos decisivos. “Eu adorava jogar os clássicos, ainda mais finais. Quando você se identifica com o Clube, a vontade de atuar nestes jogos é ainda maior. Queria muito conquistar um título pelo Atlético e deu tudo certo”, destacou.
 
No último domingo (1º), Paulo Miranda acompanhou no estádio o Atletiba. Além de comemorar a vitória, o ex-atleta ressaltou a atuação atleticana no clássico. “A atitude em campo foi fundamental neste último jogo. A torcida viu a garra de todos os atletas e também jogou junto. Após o gol do Thiago [Heleno], as coisas aconteceram naturalmente, muito porque o Atlético fez assim”, afirmou. “Eu acredito muito neste título, mas é preciso entrar com a mesma garra do primeiro jogo”, concluiu.

Relembre, abaixo, a ficha técnica da partida que deu o título do Campeonato Paranaense de 1998 ao Furacão:

Atlético Paranaense 2×1 Coritiba

Campeonato Paranaense 1998: Final – Terceiro jogo

Data: 11/06/1998 [domingo]

Local: Estádio Pinheirão

Árbitro: Oscar Roberto de Godói

Público: 44.475 pessoas

Atlético Paranaense: Flávio; Marcelo, Gustavo, Edinho e Dedé; Renato, Wilson, Paulo Miranda e Adriano (Perdigão); Nélio (Gerson Caçapa) e Warley (Kelly).

Técnico: Abel Braga

Gols: Dedé, aos 39’ do 1º tempo; Wilson, aos 7’ do 2º tempo

Coritiba: Régis; Reginaldo Araújo, Gelson Baresi, Ronaldão e Rubens Junior; Struway, Luiz Carlos, Sandoval e Claudinho (João Santos); Brandão e Macedo.

Técnico: Valdir Espinosa

Gol: Sandoval, aos 41’ do 2º tempo