Clube

Há 50 anos, Atlético Paranaense se despedia de Jofre Cabral e Silva

Um dos momentos mais tristes e marcantes da história do Atlético Paranaense completa 50 anos neste sábado (2). No dia 2 de junho de 1968, o ex-presidente rubro-negro Jofre Cabral e Silva foi vítima de um ataque cardíaco enquanto acompanhava uma partida do Furacão contra o extinto Paraná FC, em Londrina.
Jofre Cabral foi uma figura ilustre da sociedade curitibana nos anos 40, 50 e 60 do século passado. Antes de assumir o comando do Atlético Paranaense, já havia sido presidente do Clube Curitibano e do Santa Mônica Clube de Campo. Em ambas as gestões, ficou marcado como grande empreendedor.
Sua história no Atlético Paranaense começou muito antes de sua chegada à presidência, em 1967. Filho de outro ex-presidente atleticano, João Alfredo Silva, desde a infância esteve sempre envolvido com o Clube de coração. Exerceu diversos cargos no Rubro-Negro e colecionou alguns episódios folclóricos.
Foi Jofre, por exemplo, quem deu ao Coritiba o apelido que o rival carrega até hoje, ao chamar de “coxa-branca” o zagueiro alviverde Breyer, durante um Atletiba disputado em 1941.
Mas foi após assumir a presidência do Furacão, em 15 de dezembro de 1967, que Jofre marcou definitivamente seu nome na história atleticana. O Clube vivia sua maior crise, após uma campanha desastrosa no campeonato estadual. Mas ele conseguiu conquistar até mesmo o apoio dos rivais para iniciar uma grande reviravolta.
Após assegurar a permanência do Rubro-Negro na primeira divisão estadual, Jofre empreendeu então a montagem de uma grande equipe. Contratou nomes consagrados, como os bicampeões mundiais Belini e Djalma Santos, além de Dorval, Zequinha, Sicupira e Nilson Borges. Um verdadeiro esquadrão que mudaria a história do futebol paranaense.
Mas Jofre Cabral não veria seu timaço em ação por muito tempo. Em 2 de junho de 1968, durante a partida entre Atlético Paranaense e Paraná FC, ele sofreu um infarto nas arquibancadas do Estádio Vitorino Gonçalves Dias, em Londrina, e não resistiu.
A morte de Jofre causou uma imensa comoção em Curitiba. Seu cortejo pelas ruas da cidade reuniu uma grande multidão.
A consternação por seu falecimento prematuro tomou conta dos atleticanos e também dos clubes rivais, que lhe dedicaram inúmeras homenagens.
Caso Jofre tivesse vivido mais tempo, a história do CAP teria sido outra desde 1968!