Clube

Há 30 anos, Furacão conquistava seu 15º título estadual e fazia a festa no Pinheirão

Uma grande festa rubro-negra completa 30 anos nesta segunda-feira (30). No dia 30 de julho de 1988, no Pinheirão, o Atlético Paranaense derrotou o Pinheiros por 1 a 0 e conquistou seu 15º título do Campeonato Estadual. O atacante Manguinha marcou o gol que garantiu o troféu, após uma decisão em três partidas.
O elenco tinha jovens revelados na Formação do Furacão, como o zagueiro Adilson Batista e o lateral Odemilson. Contava com o retorno de ídolos como o goleiro Marolla e o meia Assis. E reunia outros jogadores que ficaram na memória da torcida, como o zagueiro Fião e os atacantes Serginho, Carlinhos e, é claro, Manguinha.
Para comandar esse grupo, a diretoria contratou um técnico iniciante, que se revelaria uma aposta certeira: Nelsinho Baptista.
Dono da melhor campanha na primeira fase, o Furacão enfrentou o Colorado nas semifinais. No primeiro jogo, empate em 0 a 0 na Vila Capanema. Na partida de volta, no Pinheirão, o veterano Assis marcou o gol que garantiu a vitória por 1 a 0 e a vaga na grande decisão.
A decisão
O adversário na final, disputada no sistema “melhor de três”, vinha em um grande momento. O Pinheiros havia sido um páreo duro para o Furacão, que não conseguiu derrotá-lo. E ainda lutava pelo bicampeonato, pois havia se sagrado campeão no ano anterior, em uma final contra o próprio Atlético.
A primeira partida, na Vila Olímpica, começou com o Pinheiros dominando as ações e saindo na frente. Mas na base da raça e contando com a força da torcida atleticana, que havia tomando conta da maior parte do estádio do adversário, o Rubro-Negro chegou ao empate nos minutos finais, com um gol de cabeça do ponta-esquerda Vilson.
No segundo jogo, no Pinheirão, o Rubro-Negro teve uma boa atuação e poderia ter saído com a vitória. Aos 43’ do segundo tempo, Manguinha sofreu pênalti. O ídolo Carlinhos, craque do time, foi para a cobrança, mas o goleiro Toinho defendeu, segurando o 0 a 0.
Dia de festa
A terceira partida aconteceu em uma tarde de sábado, com o Pinheirão tomado pela massa vermelha e preta. O empate bastava para o Furacão conquistar o título. Mas o adversário estava entalado na garganta.
Em busca da vitória, Nelsinho colocou em campo uma formação ousada. O meia Luís Carlos Oliveira entrou no lugar do volante Roberto Cavalo. O então contestado Manguinha, que vinha entrando no segundo tempo das partidas, desta vez aparecia como titular.
A estratégia deu resultado e o Furacão tomou conta do jogo. Carlinhos, que havia ficado inconsolável com a perda do pênalti no jogo anterior, fazia uma de suas melhores partidas com a camisa rubro-negra. Mesmo assim, o Pinheiros se segurava. Toinho, que defenderia o Rubro-Negro anos depois, fez pelo menos três grandes defesas.
Mas aos 22’ do segundo tempo, a galera atleticana finalmente explodiu de alegria. Serginho recebeu pela esquerda, passou por Dirceu Pato, foi à linha de fundo e cruzou rasteiro, de três dedos. Manguinha se antecipou à defesa e bateu de primeira, no cantinho.
A festa que começou nas arquibancadas do Pinheirão tomou conta das ruas da cidade e foi parar em frente ao antigo Joaquim Américo, onde se estendeu madrugada adentro.
Na história: Atlético Paranaense 1×0 Pinheiros
Campeonato Paranaense 1988: Final – Jogo 3
Data: 30/07/1988 [sábado]
Local: Centro Poliesportivo Pinheirão, em Curitiba
Público pagante: 21.310
Público total: 23.382
Renda: Cz$ 7.472.600,00
Árbitro: Tito Rodrigues
Assistentes: José Carlos Meger e Francisco Carlos Vieira
Atlético Paranaense: Marolla; Odemílson, Fião, Adílson e Luís Carlos; Cacau, Wilson Prudêncio e Oliveira (Dicão); Carlinhos, Manguinha e Serginho.
Técnico: Nelsinho Baptista
Gol: Manguinha, aos 22' do 2º tempo
Cartões amarelos: Wilson Prudêncio e Fião
Pinheiros: Toinho; Dirceu Pato, Newmar, De Rossi (Pacheco) e Dionísio; Roberson, Adalberto (Sílvio) e Marinho; Geraldo Touro, Dadinho e Valbert.
Técnico: Cláudio Duarte
Cartões amarelos: Toinho e Valbert