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A casa eterna do nosso craque! Torcida athleticana homenageou o Sicupira na Arena

Créditos: Gustavo Oliveira/athletico.com.br

Foi um dia de grande tristeza, mas também histórico para a torcida athleticana. Nesta segunda-feira (8), os rubro-negros homenagearam um ídolo eterno. Barcímio Sicupira Júnior foi velado no Estádio Joaquim Américo, o campo onde se fez imortal.

Desde o início da manhã, familiares e amigos mais próximos foram se despedir de Sicupira. E desde as 10h até as 16h, centenas e centenas de torcedores passaram pelo Setor VIP do estádio para cumprimentar o grande Craque da 8, que nos deixou no último domingo (7).

O presidente Mario Celso Petraglia foi um dos inúmeros athleticanos que deram adeus a Sicupira.

“Nós frequentamos a Boca Maldita, a Rua XV, ainda quando adolescentes. Somos nascidos no mesmo ano, então convivi com o Sicupira desde menino, por todos esses anos. Foi uma caminhada linda desse jogador que se transformou em um grande ídolo do nosso clube”, afirmou.

O ex-jogador Amauri, companheiro de Sicupira na conquista do Campeonato Paranaense de 1970, estava lá para prestar sua homenagem ao amigo.

“Ele foi um jogador abençoado. Jogou com lendas do futebol brasileiro e sempre teve o seu lugar. Tinha um ímã na perna. Era muito inteligente, tinha uma grande leitura de jogo, sabia se posicionar e por isso sempre fazia os gols. E tinha uma empatia imensa com a torcida. Foi uma pessoa muito honesta, séria, dedicada e sonhadora. Correu atrás de seu sucesso e fez por merecer”, disse o antigo lateral, que defendeu o Athletico por dez temporadas.

E assim como craques do passado, os atletas que defendem o Furacão no presente também estavam representados.

“É lamentável o que passou. Mas há a história imensa que ele fez. Eu não tive a oportunidade de conhecê-lo, mas sei o sentimento que as pessoas têm com ele. Por isso estou aqui, para me despedir dele da melhor maneira”, afirmou o zagueiro colombiano Nico Hernández, que mesmo há poucos meses no clube fez questão de estar presente.

Outro ex-atleta e atual gestor esportivo do Furacão, Paulo Miranda, também expressou o sentimento de toda a comunidade athleticana.

“Quando a gente perde alguém do esporte e que representa tanto, principalmente para a torcida do Athletico Paranaense, é muito triste. Todo mundo acha que os atletas são heróis. Mas os heróis também vão. Ele para nós foi isso. Quando eu cheguei no Athletico, ele sempre falava muito bem de mim em seus comentários. E aqui eu usei a camisa 8, a mesma que o Sicupira usou. Tentei representar da melhor maneira possível. A torcida perde um grande ídolo”, ressaltou.

Filho do craque, Barcímio Sicupira, o Barciminho, agradeceu em nome da família o carinho recebido.

“O legado dele fica. Além de ser meu pai, ele também é meu ídolo. Por tudo o que ele fez. Por este clube, pelo futebol… Aqui foi onde ele teve suas maiores vitórias, suas grandes conquistas e o grande amor que ele criou pelo Athletico. Espero que apareçam outros Sicupiras no Athletico. Não apenas pelo número de gols, mas aqui ele sempre jogou por raça. Mesmo crianças que não viram ele jogar, o tratavam como ídolo, porque o pai ou o avô contavam. A nação athleticana, desde o mais velho até o mais novo, ama o meu pai”, disse.

O dia memorável terminou com o Caldeirão vibrando como em um dia de jogo. Com a bateria da torcida tocando forte e todos cantando o hino do Furacão.

Fotos: Gustavo Oliveira/athletico.com.br

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