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“Homem de Ferro” visita estádio atleticano com crianças de comunidades carentes
Um super-herói visitou o Estádio Atlético Paranaense e reforçou a torcida do Furacão neste domingo (17). Acompanhado de 30 crianças de comunidades carentes de Curitiba e Região Metropolitana, o "Homem de Ferro" entrou no gramado do Caldeirão antes da partida contra o Fluminense e fez a festa dos pequenos atleticanos nas arquibancadas.
Por baixo da armadura, o super-herói é Edson José da Silva, um rubro-negro que já derrotou o câncer e hoje tem a missão de levar alegria para meninas e meninos de comunidades carentes, hospitais, escolas e creches da capital paranaense. Uma tarefa que foi inspirada por sua própria experiência na luta contra a doença que quase o vitimou.
“Eu tive câncer de estômago e, ao longo de quatro anos de tratamento, vi o voluntariado no hospital e aquilo me comoveu muito. Eles ajudam muito as pessoas. E foi daí que pensei em um dia fazer alguma coisa”, conta Edson. “Depois que me curei, encontrei na Internet o modelo dessa armadura. E então passei a me vestir de 'Homem de Ferro' e a fazer trabalho voluntário em escolas, hospitais, creches", completou.
Mas tirar a ideia do papel não foi nada fácil. “Ela é feita de papel sulfite. Montei toda ela no papel e depois apliquei resina, fibra de vidro e pintura automotiva. Foi um ano de trabalho”, destacou.
Sonho realizado
Edson trouxe para o estádio atleticano crianças das comunidades onde atua como voluntário. “Tenho parceria com várias ONGs que me chamam para evento, arrecadação de alimentos e roupas. Através delas, eu convidei as crianças, entramos em contato com a FUNCAP e conseguimos agendar esta visita”, revelou.
E ao fazer a alegria dos pequenos, o "Homem de Ferro" rubro-negro também realizou um sonho pessoal. “Quando eu tinha dez anos, fui selecionado para entrar em campo com o time do Atlético. Mas meu pai não tinha dinheiro para pagar minha passagem. Não pude ir e aquilo ficou marcado na minha cabeça. Era um sonho que agora estou podendo realizar”, contou.
No gramado do Caldeirão, era difícil saber quem estava mais emocionado. “A criançada chegou falando que não conseguiu dormir. Elas nunca tinham visto um estádio como este. E é a primeira vez que eu venho no estádio novo. É fantástico. Nasci atleticano. Meus irmãos, meu pai… Todo mundo sempre foi Furacão. Estou mais nervoso que as crianças”, disse.