Caminhada interrompida nos pênaltis

O Jogo

Com uma desvantagem de 3 a 1 após a primeira partida, o Athletico não tinha opção além de atacar desde o início. E foi isso o que o Furacão fez. Vitor Roque, Pablo, Erick por duas vezes… As chances iam se sucedendo, mas a ansiedade na hora de finalizar atrapalhava.

O Bolívar, desde o início, aproveitava todas as oportunidades para matar tempo, demorando muito a cada reposição de bola. Com a conivência da arbitragem, que fazia vistas grossas para a cera boliviana.

Até que, aos 26′, Canobbio arrancou em velocidade, invadiu a área e foi travado na hora do chute. No carrinho, a bola bateu no braço no zagueiro. O árbitro mandou seguir no primeiro momento, mas anotou o pênalti após rever o lance com o VAR. Na cobrança, Fernandinho bateu com categoria e mandou na rede!

O Bolívar, quando optava por jogar, também criava dificuldades ao Rubro-Negro, com uma marcação adiantada que reduzia os espaços. E aos 45′, chegou a marcar em um cruzamento na área, mas com falta em Thiago Heleno na disputa aérea. O árbitro anotou e confirmou a decisão após rever o lance no vídeo.

A luta rubro-negra continuou na etapa final. Mas a primeira boa chance foi do adversário. Bento fez milagre e, na sequência, Thiago Heleno salvou em cima da linha.

Erick teve mais uma boa chance, de cabeça, mas mandou para fora.

Mas o segundo gol veio aos 21′. Canobbio recebeu na área e fez o passe preciso para Vitor Roque, que recebeu livre e fez o Caldeirão explodir. Confronto empatado!

O terceiro gol, que definiria a parada no tempo normal, esteve muito perto de sair aos 41′, mas faltou sorte para o Furacão. Khellven tocou para Canobbio, que bateu firme. A bola acertou a trave, as costas do goleiro e foi para fora!

O árbitro, inacreditavelmente, deu apenas cinco minutos de acréscimos, premiando o antijogo do Bolívar. E ainda soou o apito final quando o Athletico tinha um escanteio a ser batido. Os pênaltis definiriam o futuro rubro-negro na competição.

Os dois times foram perfeitos até a nona cobrança. Marcelo Cirino, Vitor Bueno, Fernandinho e Vidal bateram e marcaram para o Furacão. Nas cinco batidas do Bolívar, por duas vezes Bento foi no canto certo, mas não conseguiu evitar. 

Na última cobrança rubro-negra, Thiago Heleno foi para a bola, bateu alto e forte, mas a bola subiu um pouco demais e acertou o travessão. Era o final da linha para o Furacão na CONMEBOL Libertadores 2023.

Ficha técnica: Athletico Paranaense 2 (4) x (5) 0 Bolívar 
CONMEBOL Libertadores 2023: Oitavas de final – Jogo de volta 
Data: 08/08/2023 (terça-feira) 
Horário: 21h 
Local: Ligga Arena

Público total: 31.972 
Público pagante: 30.449
Renda: R$ 1.096.910,00

Árbitro: Kevin Ortega (Peru) 
Assistentes: Michael Orue (Peru) e Jesus Sánchez (Peru) 
Quarto árbitro: Augusto Menendez (Peru)
Árbitro de vídeo: Francisco Gilabert (Chile)

Athletico Paranaense: Bento; Khellven, Zé Ivaldo, Thiago Heleno e Esquivel; Erick, Fernandinho e Vidal; Pablo (Vitor Bueno, aos 15′ do 2º tempo), Vitor Roque e Canobbio (Marcelo, aos 45′ do 2º segundo tempo) 
Técnico: Wesley Carvalho 
Gols: Fernandinho, aos 31′ do primeiro tempo; Vitor Roque, aos 21′ do segundo tempo 
Cartão amarelo: Fernandinho

Bolívar: Lampe; Bentaberry, Ferreyra e Quinteros; Bejarano, Villamil, Justiniano, José Sagredo (Jesus Sagredo, aos 40′ do 2º tempo); Ronnie Fernández (Saucedo, aos 40′ do 2º tempo), Rodríguez (Sávio, aos 14′ do 2º tempo) e Francisco da Costa (Algarañaz, aos 40′ do 2º tempo) 
Técnico: Beñat San José 
Cartões amarelos: Bejarano, Francisco da Costa, Ronnie Fernández e Bentaberry

Fotos: José Tramontin/athletico.com.br