Por: André Luiz Correa

Gratidão é palavra incompreendida. Todos usam mas não se sabe exatamente o que é. É mais que agradecer? É um dever de retribuição? É uma recompensa por um favor? Ou só uma hashtag mais bonita?

No dicionário encontro “reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um benefício” e acho que essa definição parece a de um recibo. Em um livro leio “o mais justo dos sentimentos morais” e vejo que cheguei mais perto.

No Athletico, este mundo particular, o fenômeno se observa na figura de Petraglia. Ele é figura incontornável na história do clube. A tentativa de contar nossa quase centenária história sem contar a dele é burrice e subestimar sua figura realçando a de outros é
má-fé. Petraglia tem a vocação de protagonismo em qualquer parte de sua vida e no clube não foi diferente.

Este protagonismo foi alcançado não pela força ou qualquer outro meio fraudulento. Foi por seus inequívocos feitos. Feitos que enquanto escrevo estas linhas continuam acontecendo. Títulos que cuidaria dizer se esse texto não fosse em prosa, mas em versos.

Petraglia é um realizador. Há quem passe a vida sem realizar algo. O que não é defeito, exceto se o sujeito menosprezar a realização alheia.

Assim, muitos ao falar de Petraglia dizem:

- Petraglia fez muito pelo Athletico.

Terminada a sentença aí seria uma nobre, ainda discreta, expressão da gratidão. A depender do tom de voz poderia ser efeito de uma genuína boa vontade. Porém às vezes continuam:

- Petraglia fez muito pelo Athletico, mas…

Daí segue um verborragia dos defeitos do homem Petraglia. Aponta-se todos os seus pecados que o acusador, imaculado, não teria em absoluto. Chamam-no de arrogante, pra parecerem humildes. Chamam-no de grosso, pra parecerem nobres. Chamam-no de ambicioso, pra parecerem franciscanos. Assim, expurgam os seus pecados e apontam o mal encarnado em Mario Celso Petraglia. A primeira frase some como se nunca tivesse existido. A gratidão se dissipa.

A gratidão é quase sempre essa gratidão envergonhada. Uma gratidão-esmola. Quase um favor. A gratidão, pra ser elevado sentimento moral, deve ser integral. Exercer a gratidão é difícil se somos exigentes e achamos que o mundo nos deve algo. A gratidão não diminui ninguém, antes nos eleva moralmente. Que Petraglia nos traga esta sensação difícil de ser explicada, mas que todos sabemos quando sentimos: ser grato.

Comentários

JOAO MARIA SEMKIW DE ANDRADE
4 anos

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