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Diário de Bordo: A partida rumo ao Uruguai e o primeiro dia de estrada

Créditos: Cahuê Miranda/athletico.com.br

Sexta-feira, 19 de novembro de 2021

A forte garoa de uma típica madrugada curitibana espera pelos guerreiros que embarcaram em um dos ônibus que levam a torcida rubro-negra para Montevidéu. A busca pelo bicampeonato da CONMEBOL Sul-Americana começa em frente a um Caldeirão cor de sangue. Pela frente, quase 30 horas e 1.500 quilômetros de estrada.

A ansiedade pela grande decisão faz o tempo ficar mais lento. Já se passaram horas e ainda estamos em São José dos Pinhais. Para amenizar a espera, a criatividade dos 40 athleticanos da excursão organizada pelo grupo CAP Independentes é colocada à prova.

Kléber e Alex Mineiro entram ação nas tevês do ônibus, naqueles jogaços históricos de 2001. Torneio de truco, rifas, um concurso de perguntas sobre a história do Furacão… Samba, sertanejo e rock n’roll na roda de viola.

Para ver o Athletico decidindo mais um título continental, nada é empenho ou sofrimento. O sentimento de participar deste momento e chance de jogar junto com o Furacão no Estádio Centenário compensa qualquer esforço.

“É pela paixão pelo Athletico, pelo que meu pai me ensinou. Ele está aqui junto comigo. É indescritível por tanto sofrimento que a gente teve que passar, jogos na chuva, fora do nosso estádio. Agora a gente está vivendo um sonho, que garanto que é de cada athleticano. Daqui para frente será sempre assim”, diz Thiago Feltrin, empresário e Sócio Furacão, mostrando a tatuagem com o rosto de seu pai, João Batista.

Depois de uma tarde de céu azul, a lua cheia saúda nossa chegada a Cristal, no interior do Rio Grande do Sul. Mais algumas horas e estaremos cruzando a fronteira com o Uruguai. O Centenário e a história nos esperam.

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