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Um Sorriso que cativa a todos

Foto: Gustavo Oliveira/athletico.com.br 27-04-2023

Pensa em um piá legal. Mas assim, tô falando legal mesmo! Sim, esse cara é o atacante Sorriso. Um grande talento do futebol de base aqui do país. Um dos destaques das equipes da Categoria de Formação do Athletico Paranaense e, agora, também da Seleção Brasileira.

Sorriso é o tipo de menino que cativa a todos. Gosta das pessoas, gosta de as fazer se sentirem bem. É amigo. Mas também é daqueles trabalham sério. Sem risadinha. Um líder nato, que conversa e orienta. E sobretudo, que jamais abandona quem está ao lado dele e do time.


O atacante athleticano com o CAP Sub-17 antes de uma partida pela Copa do Brasil

Foto: Gustavo Oliveira/www.athletico.com.br 27-04-2023

Não é só pela técnica que ele é o capitão da equipe sub-17 do Athletico Paranaense. Aliás, o técnico Rodrigo Bellão falou disso, em entrevista para o programa Furacão na Rede. Confira aqui. Não por acaso, Sorriso é uma das grandes promessas que estão em formação no Rubro-Negro.

“Sou um cara mais da resenha. Converso com todo mundo”, afirma Sorriso. “E dentro de campo, vem a responsabilidade de ajudar. De motivar seu companheiro. De cobrar, mas de elogiar também”, diz.

“Acho muito importante você mostrar quem você realmente é”, continua Sorriso. “Existe sim o lado da brincadeira, mas também existe o lado sério. Mas o mais importante de tudo isso é você ter maturidade, respeito por todas as pessoas”, ensina.

Neste domingo (18), Sorriso e os demais jogadores do CAP Sub-17 enfrentam o Palmeiras pela decisão da Copa do Brasil Sub-17. A partida começa às 19h30 na Arena Barueri, na Grande São Paulo (SP). Para ficar com o título, o Furacão precisa vencer a partida. Em caso de empate, a taça fica com quem for melhor na disputa por pênaltis.


Sorriso comemora um dos gols da vitória sobre o Sport na semifinal da Copa do Brasil Sub-17
Foto: Cahuê Miranda/athletico.com.br 08-06-2023

Um talento do futebol paranaense

Sorriso é Luiz Fernando Salles De Castro. Nasceu em Bandeirantes, no Norte Pioneiro do Paraná. Cidade famosa pela cultura da cana-de-açúcar. E essa aqui, os mais antigos vão saber: cidade do tradicional e hoje licenciado União Bandeirante, um dos times mais temidos do interior do estado.

“Sei que o Meneghel mandava em tudo lá”, brinca Sorriso ao falar do time da cidade. Ele se refere à Serafim Meneghel (1932-2020), folclórico dirigente que tocou o time por mais de quatro décadas. Nota: use seu buscador preferido aqui na internet e pesquise algumas das grandes histórias de Serafim Meneguel. Você não vai se arrepender.

Já a história de Sorriso no futebol começou bem cedo. E teve boas referências. O menino athleticano é primo de Edson Cambará (Edson Aparecido Sales), meio-campista que já atuou por Londrina, Operário, Paraná Clube, dentre outros. O pai (Paulo) era treinador de equipes amadoras, em Bandeirantes. O avô (Alceu), locutor esportivo.

Sim. A família do atacante rubro-negro é bem ligada ao esporte. Até por isso, Sorriso já treinava em escolinha de futebol desde os 5 anos de idade. Sempre foi atacante.

Começou no futsal. E desde cedo, Sorriso já era goleador. Também gostava muito de uma preleção. Pois é… Vai vendo: enquanto o pai dava a palestra para o time amador do bairro antes do jogo, Sorriso estava lá no meio dos marmanjos. Só deixava a roda para pegar a bola e ir com ela e os amigos brincar de chute a gol no campo enquanto o jogo dos mais velhos não começava.

O tempo foi passando. Mas Sorriso não tinha nem dez anos de idade quando já conhecia várias cidades. Emprestado pela escolinha de futebol dele em Bandeirantes, viajou para atuar por outras equipes em ligas em Londrina, Camboriú (SC) e até no Rio de Janeiro (RJ). Uma dessas equipes que defendeu foi a FERst (Fernandinho Soccer Trainning, em Londrina), projeto que o meio-campo athleticano Fernandinho mantinha enquanto estava na Inglaterra.  Com ela, Sorriso foi campeão da forte Liga de Londrina à época.

A transição para o campo. O apelido Sorriso

A qualidade de Sorriso já impressionava. Aos 9 anos de idade, foi convidado pelo Paraná Clube para fazer um teste nas equipes de futsal. Passou. A transição para o campo veio dois anos depois, época em que o jovem Luiz Fernando ganhou definitivamente o apelido Sorriso, que o acompanha até hoje no futebol.

“Na verdade, o pessoal sempre me chamou de Sorriso desde quando eu era bem pequenininho em Bandeirantes”, afirma o atacante. “Nessa época, diziam que eu era Sorriso porque, quando eu estava feliz, estava sorrindo. E quando eu ficava nervoso com alguma coisa, continuava sorrindo também”, conta com um bom-humor que lhe é bem característico.

“Mas quando eu cheguei a Curitiba pela primeira vez, ninguém sabia desse apelido”, continua a história. “E claro que eu não ia sair contando isso para ninguém, né? Eu era o mais novo ali no time e tinha vergonha de qual seria a reação deles”, explica o atacante ao se referir aos tempos em que recém havia chegado à capital paranaense.

“Mas aí teve um dia que o Lima [Gabriel Araújo Lima, também ex-Paraná Clube, hoje no CAP Sub-20] veio e coincidentemente falou: ‘seu apelido aqui vai ser Sorriso’. Então foi só depois disso que, mais tarde, falei a eles que esse já era meu apelido mesmo, desde os 7 anos de idade, e que sempre gostei muito dele”, explica o atacante.

Sorriso ficou no Paraná Clube até 2018. Em janeiro de 2019, transferiu-se para a Categoria de Formação do Athletico Paranaense. E hoje, quando se diz quem é Sorriso no CAT Caju, todo mundo sabe muito bem que a referência é ao atacante do CAP Sub-17.


Apelido surgiu nos primeiros anos de infância do atacante. Mas foi em Curitiba que se consolidou
Foto: Gustavo Oliveira/ athletico.com.br 27-04-2023

A carreira e o sentimento em defender o Furacão

Sim, o CAT Caju tem um bom ambiente de trabalho. Mas para seguir no clube e na busca pelo sonho em um dia ser atleta da equipe principal do Athletico Paranaense, Sorriso sabe que o caminho exige muito esforço. Mas o menino faz por onde.

“Trabalha-se muito”, resume o atacante Sorriso. “E nisso, o professor Bellão e todos do clube nos ajudam bastante, seja nos trabalhos individuais ou nos coletivos. Para mim, o desenvolvimento diário é necessário. Você só chega à perfeição com a repetição. Então, você precisa estar sempre ali, treinando e repetindo. Fazendo bem cada coisa. Até mesmo, quando terminam as atividades, gosto de ficar também um tempo sozinho treinando finalização e passe. Acredito que é pensando assim que é possível evoluir”, analisa.

E o atacante athleticano busca boas referências para isso. Ele é fã do argentino Lionel Messi e do brasileiro Ronaldinho Gaúcho, dupla que inclusive jogou junta no clube espanhol. O também atacante brasileiro Neymar é outro dos nomes preferidos de Sorriso.

Em casa, Sorriso também escuta muitos conselhos da família. O pai e o avô participam muito da carreira do menino. E quanto ao local de trabalho, o athleticano considera que está no lugar certo para conquistar os seus objetivos.

“A estrutura que o Athletico Paranaense nos oferece é magnífica”, elogia. “Todos aqui no clube, em cada um dos departamentos, têm um acolhimento muito grande por todos nós. Me tornei um torcedor do clube. Sempre estou lá na Arena acompanhando os jogos do time principal. Aquele ambiente do estádio é incrível, tem uma atmosfera fantástica. Espero muito que esse meu sonho de menino em me tornar profissional possa ser realizado aqui no Athletico”, diz.


Acolhimento. Sorriso valoriza como todos são tratados no CAT Caju
Foto: José Tramontin/athletico.com.br 17-05-2023

O homem do rádio

Você, que acompanha futebol já faz um tempo. Certamente já sabe que todo time tem aquele jogador que traz a caixa de som com aquele ritmo que contagia todo mundo no ônibus ou no vestiário, né? Pois bem, Sorriso é essa pessoa no CAP Sub-17.

E quer saber qual ritmo não pode faltar na playlist do capitão? “Nosso vestiário só tem pagode. Eu que sou o dono do pagode”, diverte-se Sorriso ao responder a pergunta.

Bem, então elencamos aqui as favoritas do Sorriso aqui para você dar o play e curtir também, se quiser. Som na caixa!
1. Dependente (Sorriso Maroto)
2. A Primeira Namorada (Sorriso Maroto)
3. Pé Na Areia (Thiaguinho)
4. Tá Vendo Aquela Lua (Exaltasamba)
5. Viva a Vida (Turma do Pagode)


“Viva a Vida”, da Turma do Pagode, está entre as músicas favoritas do atacante Sorriso
Reprodução YouTube

Dia de decisão

O dia da decisão chegou. E durante a semana, você conheceu um pouco mais dos jovens talentos da equipe sub-17 do Athletico Paranaense. Dudu, João Cruz, Maksym e agora Sorriso. Viu aqui um Furacast só com eles. Conheceu um pouco mais da história do técnico Rodrigo Bellão com o Furacão na Rede.

Grandes histórias, que fazem desta uma geração de ouro para um futuro cada vez mais próspero para o Rubro-Negro.

Mas temos um jogo na noite deste domingo (18), na Arena Barueri. E uma vitória vale ao Athletico Paranaense o primeiro título da Copa do Brasil Sub-17. Empate no tempo normal, e a emoção segue para a disputa por pênaltis.

“O Palmeiras é um adversário forte, qualificado. Uma equipe que também sempre está chegando às fases finais das competições que disputa”, lembra Sorriso. “Mas chegamos aqui também. Temos um bom time, por isso espero uma decisão entre dois adversários de muita qualidade, de dois clubes gigantes. Um jogo que será parecido a uma partida de xadrez, que poderá ser decidida nos detalhes. E esperamos sair dela com o título”, finaliza.

Sorriso e seus companheiros buscam o título inédito da Copa do Brasil Sub-17 para o Rubro-Negro
Foto: Gustavo Oliveira/athletico.com.br 27-04-2023

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