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Camisa do Furacão completará 20 anos na cápsula do tempo. Só faltam mais 980!

Créditos: Cahuê Miranda/Site Oficial

O ano de 1999 foi um dos mais marcantes da história do Athletico Paranaense. Naquela temporada, o Joaquim Américo se tornou o estádio mais moderno do continente, o Furacão garantiu a sua primeira participação na Conmebol Libertadores e a camisa rubro-negra se tornou imortal.

Em dezembro de 1999, o jornal The New York Times anunciou os itens que seriam colocados em uma cápsula do tempo, que será aberta no ano 3000. Entre os objetos selecionados para representar a Raça Humana no Terceiro Milênio, estava um único artigo esportivo: a camisa do Athletico Paranaense.

O responsável por colocar o Furacão definitivamente na história da humanidade foi o motorista Clóvis Luís Gonçalves. E a história de como isso aconteceu se passou em meados de 1999, meses antes da inauguração no novo estádio rubro-negro.

Vinte anos depois, Clóvis foi convidado pelo Clube para assistir à final do Campeonato Paranaense no Setor VVIP do Joaquim Américo. Ao lado da filha Sofia, de oito anos, ele foi recebido pelo presidente do Conselho Administrativo, Luiz Sallim Emed. E além de comemorar mais um título do Furacão, relembrou o lance de sorte que eternizou o seu time do coração.

Tudo de novo

Trabalhando na Secretaria de Estado da Comunicação, Clóvis foi encarregado de transportar o jornalista Simon Romero, correspondente do NYT, por Curitiba. Em uma das viagens, o repórter perguntou ao motorista o que ele colocaria na cápsula. “A camisa do Athletico”, disse Clóvis, que não imaginava ver sua sugestão acatada.

“Na época, eu estava na empolgação de ver o estádio sendo construído e quando ele me perguntou, não tive dúvidas. Ele me perguntou o porquê e eu disse que daqui mil anos não sabemos quem vai estar aqui. Mas eles vão procurar saber o que era aquilo e quem sabe começar tudo de novo”, contou.

Meses depois, Clovis viu surpreso sua sugestão ser acatada e a camisa rubro-negra relacionada entre os itens armazenados para a posteridade. “Foram meus minutos de fama. Foi muito legal. Uma coisa diferente, ser marcado na história do Clube”, relembrou.

Curitiba havia sido selecionada pelo NYT como uma das cinco cidades que indicariam objetos para a cápsula do tempo. As outras eram Fountain [Colorado], Bharaptur [Índia], Mantes La-Jolie [França] e Balawayo [Zimbábue]. Além da camisa do Furacão, outro “representante” da cidade foi uma garrafa de água doce, sugestão do então governador Jaime Lerner.

Para comemorar a escolha, o Athletico Paranaense lançou a campanha “Atlético 3000, uma Paixão Eterna”. Slogan que passou a estampar as mangas da camisa rubro-negra e se tornou um case de marketing do Clube.

Vinte anos depois

A cápsula do tempo do NYT foi desenhada pelo renomado arquiteto Santiago Calatrava, autor de projetos como a estação de metrô World Trade Center, também em Nova York, e do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

Ela foi fechada no dia 30 de abril de 2000. Ficou exposta em frente a uma das entradas do Museu Americano de História Natural, na esquina da Columbus Avenue com a 79th Street, em Nova York, até julho de 2018. Devido a um projeto de expansão do museu, foi realocada para outra entrada, na 81st Street.

Enquanto isso, em Curitiba o Athletico Paranaense vive outro momento de grande orgulho para seu torcedor. “Estamos vivendo o sonho de todo athleticano. Disputamos grandes jogos, conquistamos um título internacional, fazendo bonito na Libertadores… É mais um momento especial”, completou Clóvis.

Créditos: Divulgação/Santiago Calatrava

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