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Nikão relembra duelos com o América de Cali no caminho para a decisão da CONMEBOL Sul-Americana

Foto: José Tramontin/athletico.com.br (21-07-2021)

Chegar a uma decisão de CONMEBOL Sul-Americana não é fácil. Envolve muita coisa. Envolve passar por grandes adversários. Envolve superar obstáculos e tabus. E nada disso faltou ao Athletico Paranaense nas oitavas de final da competição deste ano. Fase em que deixou para trás o tradicional América de Cali.

Conversamos com o meio-campo Nikão sobre aquele momento. E vamos relembrá-lo aqui com você. E claro, já deixamos o convite para que você esteja com a gente aqui nos canais oficiais do clube para acompanhar a cobertura completa da grande final da CONMEBOL Sul-Americana de 2021.

A equipe principal do Athletico Paranaense enfrenta o Red Bull Bragantino às 17h deste sábado (20), no Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai. É jogo único. Quem vencer fica com a taça. Em caso de empate, prorrogação de 30 minutos. E se a igualdade persistir, decisão por pênaltis.


Nikão passa pela marcação do América de Cali, na Colômbia. Furacão eliminou adversário nas oitavas
Foto: José Tramontin (13-07-2021)

O América de Cali no caminho do Furacão

A camisa do colombiano América de Cali sempre pesou. Tem uma das maiores torcidas não só do país, mas da América do Sul. Em jogo oficial, só foi perder pela primeira vez para um time brasileiro em casa em setembro de 1997. Já acumula mais de 250 jogos válidos por competições continentais.

Um detalhe que também incomodava qualquer torcedor athleticano era o fato do Athletico nunca ter vencido na Colômbia até então. E diante do mesmo adversário, havia sido superado duas vezes no país vizinho – uma na CONMEBOL Libertadores de 2002 e outra na de 2005.

Pois é. Só que estava mesmo difícil quem parasse o Furacão no caminho rumo à decisão da CONMEBOL Sul-Americana de 2021. E definitivamente não deu para o América, que iniciou a disputa da CONMEBOL Sul-Americana já nas oitavas de final depois de ter vindo da fase de grupos da CONMEBOL Libertadores deste ano.

Então o time colombiano ficou pelo caminho após perder por 5 a 1 no placar agregado. Primeiro, uma eficiente vitória athleticana na Colômbia por 1 a 0, em 13 de julho. Depois, goleada por 4 a 1 no Joaquim Américo, em 20 de julho. Maior diferença de gols na soma do placar agregado naquela fase da competição.

“A equipe do América de Cali tinha um jogo físico muito forte. Então sabíamos que a partida contra eles seria de muito contato físico. Seria um jogo que nos exigiria muito nesse aspecto”, relembra Nikão. “Sentíamos que tínhamos qualidade para nos sobressair, mas também que precisávamos fazer um jogo físico muito forte para neutralizar a equipe deles e assim conseguirmos a nossa classificação”, analisa.


Nikão comemora com Marcinho e Matheus Babi o gol que o camisa 11 anotou na partida na Colômbia
Foto: José Tramontin/athletico.com.br (13-07-2021)

O papel de Nikão naquelas oitavas de final

Sem qualquer dúvida, Nikão foi um dos destaques daquelas oitavas de final. Fez o gol da vitória rubro-negra em Pereira, na Colômbia – 200 km de Cali. Jogo que foi realizado na cidade do eixo cafeeiro colombiano porque o Estádio Pascual Gueirreiro, casa americana em Cali, passava por obras.

Nosso camisa 11 anotou o gol da vitória, em cobrança de pênalti. Vale ressaltar que o mesmo Nikão estava envolvido no lance que foi para o VAR, após o cabeceio do meio-campista que parou no braço do volante colombiano Ureña. Gol importante, já que o resultado deixou o time rubro-negro em vantagem para o reencontro no Brasil.

No jogo da volta, Nikão também não economizou na exibição em campo. Tramou a jogada com Christian e David Terans antes de dar a assistência para o atacante Vitinho abrir o placar no Joaquim Américo. Anotou ainda outro gol de pênalti, que naquela altura do jogo fazia o time abrir 3 a 1 e chegar à tranquilidade.

“Fico muito feliz quando posso ajudar a nossa equipe”, diz Nikão sobre o desempenho dele naquelas duas jornadas. “Particularmente, esse tipo de jogo que exige uma atenção especial ao contato físico é algo que gosto bastante. É o perfil de jogos de competições como Sul-Americana e Libertadores. Jogos em que inclusive a arbitragem deixa fluir melhor do que as partidas das competições aqui do Brasil”, analisa.

“Mas a verdade é que fico muito feliz em ajudar a rapaziada do nosso elenco. Ajudar a todos aqueles que contribuem para o nosso grupo”, continua Nikão. “Somos uma equipe que sempre vai brigar por cada centímetro no campo, por cada bola em disputa. Somos uma equipe que está muito determinada em conquistar um título novamente para o clube. Por isso, sempre iremos fazer o nosso máximo, jogar no nosso limite para agora buscar conquistar novamente essa competição”, projeta.


Nikão mantém o controle da bola em meio à marcação colombiana
Foto: José Tramontin/athletico.com.br (21-07-2021)

Respeito e foco em mais uma decisão com o Rubro-Negro

Nikão chega à 11ª decisão de campeonato dele com a camisa do Athletico Paranaense – a segunda de CONMEBOL Sul-Americana, torneio que ele aqui venceu em 2018. Mas o respeito que a ocasião pede jamais se alterou desde que aqui foi a uma final pela primeira vez, em 2016.

Respeito primeiramente pelo esforço que o time paranaense investiu na temporada até aqui. Afinal, não tem sido fácil para Nikão, nem para os companheiros dele no elenco. O Furacão vai chegar à decisão da CONMEBOL Sul-Americana de 2021 após ter disputado 68 jogos na temporada, de fevereiro até aqui. O Athletico é ainda o único clube do futebol brasileiro presente em três competições diferentes neste momento do ano.

Respeito também ao adversário. Algo que fica bem claro nas palavras do meio-campo athleticano, quanto à dificuldade que o Red Bull Bragantino deve impor ao Rubro-Negro na finalíssima.


Momento de decisão. Nikão faz de pênalti um dos gols na goleada sobre o América de Cali em Curitiba
Foto: José Tramontin/athletico.com.br

“É claro que em momentos de decisão como este, você sente aquela ansiedade que antecede a partida”, declara Nikão. “Mas sabemos que temos que aproveitar cada segundo quando estivermos dentro de campo para fazer o nosso melhor, independentemente de qual jogador vá atuar na partida”, destaca.

“Vamos enfrentar um adversário muito difícil, que conta com um grande treinador. Uma equipe que está se preparando muito para essa final. Uma equipe que é formada por um grande elenco. Temos que respeitá-los”, alerta o camisa 11. “Enfrentaremos todas as dificuldades que se espera de uma decisão de campeonato como essa e teremos que estar preparados para todas elas. Mas todo jogador trabalha para um momento como este que estamos vivendo. E se Deus quiser, que possamos sair vitoriosos de mais esse desafio e darmos mais esse título para o Athletico”, completa.

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