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Campeão de 1990 para sempre! Título inesquecível completa 31 anos

Créditos: Albari Rosa

As emoções daquele domingo são vividas até hoje por cada athleticano que estava no Couto Pereira. Há exatos 31 anos, no dia 5 de agosto de 1990, o Furacão foi campeão paranaense em uma das decisões mais incríveis de todos os tempos.

A tensão de dois jogaços definidos em detalhes, a apreensão de uma virada do rival, a euforia do gol do título – em um lance inacreditável. Todos esses sentimentos fazem daquela final uma memória viva para os rubro-negros que comemoraram aquela conquista.

O cronômetro marcava 26′ do segundo tempo. O placar mostrava o Coritiba na frente por 2 a 1. O resultado dava o troféu ao rival.

Enquanto a torcida adversária comemorava, era possível quase enxergar a expectativa vivida pelo lado athleticano do estádio. Afinal, aquela campanha e aquela decisão já haviam mostrado que podia se esperar qualquer coisa daquele Athletico.

Um jogador já havia escrito seu nome na história daquele campeonato. O centroavante Dirceu tinha marcado dois gols no Athletiba do hexagonal, garantindo um empate em 2 a 2 que foi decisivo para que o Furacão tivesse a vantagem de dois novos empates na final.

Dirceu havia levado novamente os rubro-negros à loucura na quarta-feira anterior. Aos 45′ do segundo tempo, com uma cabeçada fulminante, ele tinha transformado uma partida perdida em um heroico empate em 1 a 1, no primeiro capítulo da grande decisão.

E naquele domingo, cinco minutos após o apito inicial, Dirceu colocou o Furacão na frente. O centroavante entraria para a história como o eterno carrasco. Mas ainda não. Com um gol de Pachequinho e outro do zagueiro Berg, o rival virou ainda no primeiro tempo.

Voltamos ao cronômetro: 26′ do segundo tempo. 

Era um lateral para o Athletico no lado esquerdo do campo de ataque. Odemilson pegou a bola e arremessou para a área. E foi o último jogador rubro-negro a tocar na bola. Serginho desviou para trás. Jorjão tentou afastar de qualquer maneira. E ainda dentro da área, Berg deu um toque de cabeça, tentando recuar para o goleiro Gerson.

A trajetória daquela bola ainda se repete na memória dos athleticanos. Lenta, suave e precisa, ela encobriu Gerson, caiu mansa dentro do gol e foi dormir junto à rede!

Os minutos finais se transcorreram com os rivais atônitos, o Furacão segurando o placar no toque de bola e a torcida rubro-negra fazendo uma festa eterna nas arquibancadas da casa do rival. O Athletico era, para sempre, o campeão paranaense de 1990.

Na história: Athletico Paranaense 2×2 Coritiba
Campeonato Paranaense 1990: Final – Jogo de volta
Data: 05/08/1990 [domingo]
Local: Estádio Couto Pereira, em Curitiba

Público Pagante: 37.343
Público total: 42.196
Renda: Cr$ 17.252.850,00
Árbitro: Afonso Vitor de Oliveira

Athletico Paranaense: Marolla; Valdir, Leonardo, Heraldo e Odemílson; Cacau, Gilberto Costa e André (Osvaldo); Carlinhos, Dirceu e Rizza (Serginho)
Técnico: Zé Duarte
Gols: Dirceu, aos 5’ do primeiro tempo; Berg (contra), aos 26’ do segundo tempo
Cartões amarelos: Gilberto Costa, Rizza, Heraldo, Osvaldo e Carlinhos

Coritiba: Gérson; Ditinho, Berg, Jorjão e Paulo César; Hélcio, Serginho (Aurélio Carioca) e Tostão; Ronaldo, Moreno (André) e Pachequinho
Técnico: Paulo César Carpegiani
Gols: Pachequinho, aos 13’, e Berg, aos 45’ do primeiro tempo
Cartões amarelo: Tostão, Pachequinho e Jorjão

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