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Pela #GlóriaEterna: Favorito caiu diante do Furacão

Foto: Orlando Kissner

Um confronto decisivo na CONMEBOL Libertadores, contra um grande time do eixo Rio-São Paulo. Todo o favoritismo para o lado do adversário, apontado pela imprensa como a melhor equipe do Brasil. E no final, um triunfo épico do Furacão!

Em 2005, esta foi a história escrita pelo Athletico no duelo contra o Santos, pelas quartas de final. Uma disputa que está marcada na memória de todo torcedor e que não poderia faltar na lista dos grandes jogos do Rubro-Negro no maior campeonato do continente.

Quem relembra conosco esse momento mágico é o lateral-esquerdo e zagueiro Marcão. Um personagem que simboliza os fatores que foram a chave para a vitória do Furacão naquele confronto: a determinação inabalável e a raça rubro-negra.

Noite de sonhos na Vila Belmiro

Athletico e Santos já haviam feito um duelo emocionante pelo título do Brasileirão de 2004, que terminou nas mãos do time paulista. Seis meses depois, voltaram a se encontrar, nas quartas de final da CONMEBOL Libertadores.

O primeiro jogo, na Arena, foi uma verdadeira batalha. Jogando com um homem a menos desde a metade do primeiro tempo, o Furacão buscou uma virada heróica e um memorável triunfo por 3 a 2.

“Foi o principal jogo da minha carreira. Se você me perguntar um jogo inesquecível eu vou lembrar desse primeiro jogo contra o Santos”, diz Marcão, que marcou o segundo gol.

Mas ainda faltava a partida de volta, na Vila Belmiro. E mesmo com o Rubro-Negro em vantagem, o favoritismo continuava totalmente para o lado do Santos.

“A gente saiu de Curitiba ainda muito questionado. A mídia de São Paulo dava como certa a classificação do Santos. Em nenhum momento eles levaram em consideração a nossa vantagem. Parecia que era uma coisa impossível a gente conseguir a classificação na Vila Belmiro”, recorda Marcão.

Só que dentro de campo, o Athletico mais uma vez se agigantou. Com uma ótima atuação defensiva, suportou toda a pressão do adversário. E ainda foi mortal no ataque, conquistando uma emblemática vitória por 2 a 0, com dois gols de Aloísio.

“Nos defendemos uma barbaridade lá. Mas nosso time era muito focado. Tinha muita raça e determinação. E isso nos levou à final da Libertadores”, ressalta Marcão.

Em 2005, a história do Athletico na CONMEBOL Libertadores terminou com o vice-campeonato. Mas em 2022, Marcão confia que, com uma disputa em condições de igualdade, o desfecho será diferente.

“Eu torço muito para que o clube conquiste esse título, porque ficou aquele gostinho de que a gente poderia ter conquistado em 2005. Desta vez o Athletico chega muito forte, porque se estruturou. Está muito próximo de finalizar esse projeto. Com muita coragem, raça, determinação e o espírito do Athletico, eles podem trocar a cor da medalha. Que aquela prateada que nós temos, eles possam transformar em dourada”, afirma.

Foto: Orlando Kissner

Na história: Santos 0x2 Athletico Paranaense 
CONMEBOL Libertadores 2005: Quartas de final – Jogo de volta
Data: 15/06/2005 (quarta-feira)
Horário: 21h45
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Brasil)
Assistentes: Hilton Rodrigues (Brasil) e Altemir Hausmann (Brasil)

Santos: Mauro; Flávio, Ávalos, Halisson e Wendel; Bóvio, Zé Elias (Douglas), Ricardinho e Tcheco (Fabiano) (William); Deivid e Basílio
Técnico: Alexandre Gallo
Cartão amarelo: Zé Elias

Athletico Paranaense: Diego; Jancarlos, Danilo, Durval e Marcão; Cocito (Thiago Vieira), André Rocha, Fabrício e Ticão (Leandro); Lima e Aloísio (Fernandinho)
Técnico: Antônio Lopes
Gols: Aloísio, aos 16′ do primeiro tempo; Aloísio, aos 8′ do segundo tempo
Cartões amarelos: Lima, Jancarlos, Cocito e Diego

O Athletico na CONMEBOL Libertadores de 2005

A disputa começou com um susto e uma classificação sofrida em um grupo que também tinha o paraguaio Libertad e os colombianos Independiente Medellín e América de Cali.

Após passar pelo Cerro Porteño nas oitavas de final, o Furacão enfrentou o Santos nas quartas. No primeiro duelo, em um jogaço no Caldeirão, o Rubro-Negro venceu por 3 a 2, com gols de Evandro, Marcão e Lima. E na volta, na Vila Belmiro, o Furacão voltou a soprar: 2 a 0, com dois gols de Aloísio.

A semifinal foi contra os mexicanos do Chivas Guadalajara. Na primeira partida, 3 a 0 na Arena, com gols de Aloísio, Fernandinho e Fabrício. A volta foi no estádio Jalisco e a classificação veio com um empate em 2 a 2, com Lima marcando duas vezes.

Pela primeira vez, o título da Libertadores foi decidido em um duelo entre dois clubes brasileiros. O adversário foi o São Paulo. Mas o momento histórico foi manchado por uma manobra de bastidores, que impediu o Furacão de jogar em seu estádio a primeira partida. No Beira-Rio, em Porto Alegre, o time rubro-negro ficou no empate em 1 a 1. E no jogo final, no Morumbi lotado, o Athletico acabou superado pelo rival.

Primeira fase
15/02/2005 – Independiente Medellín 2×2 Athletico
01/03/2005 – Athletico 1×0 Libertad
10/03/2005 – América de Cali 3×1 Athletico
14/04/2005 – Athletico 2×1 América de Cali
20/04/2005 – Libertad 1×2 Athletico
10/05/2005 – Athletico 0x4 Independiente Medellín

Oitavas de final
19/05/2005 – Athletico 2×1 Cerro Porteño
26/05/2005 – Cerro Porteño 2×1 Athletico
*Classificação nos pênaltis

Quartas de final
01/06/2005 – Athletico 3×2 Santos
15/06/2005 – Santos 0x2 Athletico

Semifinal
23/06/2005 – Athletico 3×0 Chivas Guadalajara
30/06/2005 – Chivas Guadalajara 2×2 Athletico

Final
06/07/2005 – Athletico 1×1 São Paulo
14/07/2005 – São Paulo 4×0 Athletico

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