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Furacão das Américas! Diego diz como o Athletico triunfou na semifinal de 2005

Foto: Orlando Kissner

No confronto que colocou o Athletico na decisão da CONMEBOL Libertadores de 2005, ele foi uma peça fundamental. Vestindo a camisa 1 do Furacão, Diego fechou o gol nos jogos contra o Chivas Guadalajara e se destacou como um dos líderes daquela equipe histórica.

Atualmente em Portugal, onde trabalha como treinador de goleiros, Diego leva vivas as lembranças do duelo que colocou o Furacão na final mais importante do continente. E 17 anos depois, está na torcida para os atuais jogadores do Furacão repitam aquele feito e cheguem ainda mais longe.

“Hoje o Athletico se tornou uma grande potência. Só estão faltando duas coisas: a conquista da Libertadores e, depois, do tão sonhado Mundial. Tenho certeza que um dia isso vai acontecer. E por que não agora? Temos uma grande oportunidade”, afirma.

Energia do Caldeirão

Diego está certo de que alguns trunfos daquela classificação de 2005 estarão presentes novamente em 2022: a força da torcida, a união dos atletas e a tradicional raça rubro-negra em campo. Desta vez, em um confronto brasileiro contra o Palmeiras.

“Lembro muito daquele momento em que estávamos quase chegando no estádio no primeiro jogo da semifinal. Deu para sentir aquela energia vindo do torcedor. Era o jogo mais importante da história do clube e de cada atleta que estava ali. Aproveitamos aquele jogo e fizemos 3 a 0, contra uma equipe muito forte. Um resultado incrível”, diz.

Segundo o ex-goleiro, a torcida athleticana tem tudo para criar, desta vez, um ambiente ainda mais favorável para o Furacão.

“Os jogadores sentirão uma energia redobrada. O Athletico está hoje em uma posição muito melhor do que há 17 anos. Até pela capacidade do estádio. Muito mais torcedores estarão presentes. A energia será muito maior. E a torcida do Athletico tem esse poder. O Athletico tem a oportunidade enorme de chegar novamente em uma final de Libertadores e isso vai passar muito pelo apoio do torcedor. Quando o time pisar no gramado, vai sentir aquela energia e isso fará toda a diferença. Está entalado aquele gostinho de que poderíamos ser campeões lá em 2005. É tudo o que o Athletico precisa e merece”, ressalta.

Sem medo do desafio

Para Diego, outro fator em comum entre a semifinal de 2005 e a atual é a qualidade do adversário. Se agora o Furacão tem pela frente o atual bicampeão continental, há 17 anos o adversário era um Chivas que formava a base da seleção mexicana.

“Na minha opinião, o Chivas era a equipe mais forte da Libertadores. Não era o São Paulo, não era o River Plate. Eles tinham jogadores de muita qualidade, de seleção”, avalia.

E toda a força daquele rival foi enfrentada e vencida pelo Athletico em um palco histórico do futebol mundial: o estádio Jalisco, em Guadalajara.

“Foi uma pressão muito grande. Quando entramos para aquecer foi uma vaia monumental. Aquela vaia com que se tenta intimidar o adversário. Mas se eles me conhecessem, saberiam que aquilo teria o resultado inverso. Brinquei com meu treinador e falei que no final do jogo aquela vaia ia se transformar em aplausos. Considero aquele jogo o melhor de toda a minha vida. O que tive minha melhor atuação, em um momento tão importante. E depois foi um dos momentos que tenho a melhor lembrança. Quando confirmamos a nossa classificação, com o empate em 2 a 2, todos os torcedores do Chivas reconheceram o que nós fizemos e aplaudiram seu rival pela passagem à final. Aquilo foi de um respeito e de um fair play tão grande que guardo essa lembrança de uma maneira muito positiva”, conta.

Vontade de fazer história

Para o antigo dono da camisa 1, aquela campanha épica só foi possível devido à superação e à força de vontade de cada atleta que integrava o elenco.

“Em relação à força de vontade, ao acreditar, à garra… Tinham tantos jogadores com essas características, que naquele momento só poderiam estar vestindo uma camisa como a do Athletico Paranaense, que é reconhecida como uma camisa que os jogadores, quando colocam, têm que ter garra e muita força de vontade. A grande diferença daquela equipe foi a união que construímos em cima disso. Todos acreditavam, todos tinham uma força de vontade muito grande, lutavam muito. Era realmente um grupo muito unido. Todos remaram na mesma direção. Sabíamos que aquilo que estávamos fazendo poderia mudar a história do clube e de cada jogador. Foi por isso que nós lutamos”, ressalta.

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